segunda-feira, 16 de novembro de 2015

“A juventude quer viver!”


São Paulo, 16 de novembro de 2015.
Nota de apoio aos jovens estudantes que ocupam as escolas públicas.

A Pastoral da Juventude organizada no estado de São Paulo vem por meio dessa nota expressar o nosso apoio aos jovens estudantes que se encontram na luta pela educação,
ocupando as suas escolas, na busca pela garantia de seus direitos.
Acreditamos que a ESCOLA é elemento fundamental para a sociabilização da juventude,
sendo assim um espaço privilegiado de convívio, de aprendizado e de construção de identidade,
além de ser a Política Pública que garante o DIREITO A EDUCAÇÃO, com todas as suas complexidades.
Dessa forma, os estudantes, educadores, família e toda a comunidade educativa são sujeitos responsáveis por essa política, necessitando ser ouvidos e participantes de todas as deliberações da Política Pública, exercendo a cidadania e potencializando a formação humana, política e cidadã.
Nos unimos aos jovens estudantes e repudiamos qualquer forma de violação aos seus direitos, ressaltando o direitos a educação e o direito a participação, como também as atitudes de violência por parte do estado para os com os estudantes e educadores nos atos de reocupação das escolas.
Sobre a ação do governo do estado de São Paulo em “reorganizar” nos posicionamos contra a salas de aula lotadas e a precarização do trabalho dos educadores. Também nos posicionamos contra a terceirização do serviço público de educação e também para a distância que os alunos terão
de suas casas aos locais de estudo.
Acreditamos que a política de educação básica que atinge a juventude tem que considerar a realidade que o jovem se encontra inserido. Dessa forma a política deve ser construída com a participação dos estudantes, respeitando a sua inserção no mundo de trabalho, suas condições socioeconômicas e razões (o sentido) para completar a educação básica.
Coordenação Regional PJ Sul 1
Comissão Regional de Assessores PJ Sul 1

terça-feira, 1 de setembro de 2015

PASTORAIS DA JUVENTUDE DO BRASIL DEFINEM TEMÁTICAS PARA AS ATIVIDADES PERMANENTES DE 2016


Nos dias 28 a 30 de agosto, representantes das Pastorais da Juventude (PJ, PJE, PJMP e PJR) estiveram reunidos em Recife/PE para avaliar as Atividades Permanentes (APs) de 2015, que compreendem a Semana da Cidadania, Semana do Estudante e o DNJ, este último sendo organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, da qual as PJs fazem parte; e projetar APs de 2016. Após os trabalhos em grupos apontarem perspectivas para o processo metodológico das APs de 2016, o tema, lema e iluminação bíblica de cada atividade foram definidos.
Semana da Cidadania que ocorrerá entre 16 e 23 de abril de 2016 terá como tema: Juventude e Bem Comum, lema: Unidos/as por uma luta comum: terra, teto e trabalho e iluminação bíblica: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5, 6).
Semana do Estudante que ocorrerá entre 6 e 13 de agosto de 2016 terá como tema: Juventude e direito à educação, lema: Educação libertadora constrói nossa Casa Comum e iluminação bíblica: “E a Verdade libertará vocês” (Jo 8, 32b).
Além dos cartazes para cada atividade permanente, serão produzidos textos relacionados às temáticas, rodas de conversas para dinamizar o estudo nos grupos de jovens, e roteiros de Ofício Divino da Juventude.Os materiais serão lançados a partir de janeiro de 2016.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Hilário Dick – Uma crônica sobre o XI ENPJ

NO RITMO DO XI ENCONTRO NACIONAL DA PASTORAL DA JUVENTUDE EM MANAUS
Uma crônica pobre, mas de assunto bonito
18 a 25 de janeiro de 2015
Hilário Dick

Quando embarcava de volta para casa, em Goiânia, meu coração estava mexido. Não chorei mais porque as “aduanas” implicaram com meus suspensórios e eu resisti. Uma emoção forte, vindo de várias vivências, quiseram explodir em mim e chorei às escondidas. Imaginem um idoso, de quase 78 anos, chorando em público… Tinha estado em Goiás, rezando com um grupo, a mística do sabor e da resistência. Inspirados no lugar bíblico Jerusalém, caminhamos levados pelo mistério de alguns verbos: ver e olhar, caminhar, falar, sentir e fazer. Em Goiânia fiquei hospedado com um amigo de muitos anos: Lourival Rodrigues da Silva, envolvido numa quimioterapia infernal por causa de um câncer. Por vezes estas e outras dores quase nos derrubam. Isso foi em Goiânia e Goiás onde, entre outros amigos especiais, estava o Geraldo, a Carmem e o Berg que teve o azar de torcer o pé querendo ajudar-me no carregamento de minha mala que levava um monte de coisas inúteis. Goiânia é um lugar onde se ama a juventude e um lugar em que pessoas de Igreja enxotam juventudes.
Viera de Brasília, onde tinha ido para não fazer nada com a número 1 de minha vida (Raquel) e o “sapeco” (como diz a Luara, filha de Joadir e Janete) chamado Joaquim. Em Brasília fui aluno de uma escola particular de geriatria… É que eu desejava aprender de novo a ser avô. Como disse, não fiz nada, mas consegui encontrar-me com gente de tempos passados (agora todos grandes): Adriano (cego que assou churrasco), Alsimar (além de outras coisas, criando cabras), Janete que recordou muitas coisas vividas, Sueli (a esposa de Adriano e mãe de Edu), Edgar (que pensa em casar), Ernani que é de Caxias e há séculos eu não via, Leandro o mesmo de sempre, trabalhando no Portal da ANEC e não sei quem mais, a não ser a querida Larissa que achei mais linda ainda.
Antes, eu estivera em Manaus, de 21 a 25 de janeiro, no XI encontro Nacional da Pastoral da Juventude. Fui lá de enxerido, tendo a passagem custado uma boa briguinha com meu confrade encarregado das finanças. Encontrei o pessoal todo na manhã do dia 22/1, na oração da manhã, na qual tive que falar umas poucas coisas, com tempo marcado. Disse que não vinha para falar, mas ver a rapaziada, ver o horizonte, a utopia e a juventude como realidade teológica. Depois que voltei para casa, encontrei um papel onde anotara algumas ideias que deveria dizer, caso me dessem a palavra. Antes da viagem, eu escrevera que “eu vim para contemplar e ver”.
Queria ver se aí tinha corações grandes para abraçar o Reino, queria ver se aí tinha gente com vontade de construir comunidade e se havia coragem e lucidez para enfrentar diversos diabos: o diabo do egoísmo, do ódio ao pobre, da divisão, da manipulação, da mentira, da corrupção e outros diabos. Eu anotara também que devia dizer que o testemunho é que vale; que a galinhagem não leva à nada; que a importância do Projeto de Vida continua em pé e que não tivessem medo de amar a identidade pejoteira, de verdade, assim como a Laisa e o Luis Duarte parece que falaram.
Do que eu vi e senti do Encontro Nacional tentarei dizer pequenas coisas. O Encontro foi uma coisa linda e significativa: de embevecer e de assustar. Direi pequenas coisas:
Quando embarcava de volta para casa, em Goiânia, meu coração estava mexido. Não chorei mais porque as “aduanas” implicaram com meus suspensórios e eu resisti. Uma emoção forte, vindo de várias vivências, quiseram explodir em mim e chorei às escondidas. Imaginem um idoso, de quase 78 anos, chorando em público… Tinha estado em Goiás, rezando com um grupo, a mística do sabor e da resistência. Inspirados no lugar bíblico Jerusalém, caminhamos levados pelo mistério de alguns verbos: ver e olhar, caminhar, falar, sentir e fazer. Em Goiânia fiquei hospedado com um amigo de muitos anos: Lourival Rodrigues da Silva, envolvido numa quimioterapia infernal por causa de um câncer. Por vezes estas e outras dores quase nos derrubam. Isso foi em Goiânia e Goiás onde, entre outros amigos especiais, estava o Geraldo, a Carmem e o Berg que teve o azar de torcer o pé querendo ajudar-me no carregamento de minha mala que levava um monte de coisas inúteis. Goiânia é um lugar onde se ama a juventude e um lugar em que pessoas de Igreja enxotam juventudes.
Viera de Brasília, onde tinha ido para não fazer nada com a número 1 de minha vida (Raquel) e o “sapeco” (como diz a Luara, filha de Joadir e Janete) chamado Joaquim. Em Brasília fui aluno de uma escola particular de geriatria… É que eu desejava aprender de novo a ser avô. Como disse, não fiz nada, mas consegui encontrar-me com gente de tempos passados (agora todos grandes): Adriano (cego que assou churrasco), Alsimar (além de outras coisas, criando cabras), Janete que recordou muitas coisas vividas, Sueli (a esposa de Adriano e mãe de Edu), Edgar (que pensa em casar), Ernani que é de Caxias e há séculos eu não via, Leandro o mesmo de sempre, trabalhando no Portal da ANEC e não sei quem mais, a não ser a querida Larissa que achei mais linda ainda.
Antes, eu estivera em Manaus, de 21 a 25 de janeiro, no XI encontro Nacional da Pastoral da Juventude. Fui lá de enxerido, tendo a passagem custado uma boa briguinha com meu confrade encarregado das finanças. Encontrei o pessoal todo na manhã do dia 22/1, na oração da manhã, na qual tive que falar umas poucas coisas, com tempo marcado. Disse que não vinha para falar, mas ver a rapaziada, ver o horizonte, a utopia e a juventude como realidade teológica. Depois que voltei para casa, encontrei um papel onde anotara algumas ideias que deveria dizer, caso me dessem a palavra. Antes da viagem, eu escrevera que “eu vim para contemplar e ver”.
Queria ver se aí tinha corações grandes para abraçar o Reino, queria ver se aí tinha gente com vontade de construir comunidade e se havia coragem e lucidez para enfrentar diversos diabos: o diabo do egoísmo, do ódio ao pobre, da divisão, da manipulação, da mentira, da corrupção e outros diabos. Eu anotara também que devia dizer que o testemunho é que vale; que a galinhagem não leva à nada; que a importância do Projeto de Vida continua em pé e que não tivessem medo de amar a identidade pejoteira, de verdade, assim como a Laisa e o Luis Duarte parece que falaram.
Do que eu vi e senti do Encontro Nacional tentarei dizer pequenas coisas. O Encontro foi uma coisa linda e significativa: de embevecer e de assustar. Direi pequenas coisas:
1. O Encontro foi bom. Foi um verdadeiro banho de poesia, de mística, de arte, de juventudes, de adolescências, de acolhida para toda a Pastoral da Juventude do Brasil. Discutiram-se assuntos sérios, alguns de forma bem provocadora. As juventudes reunidas, vindas de todos os cantos do Brasil tomaram um banho e deram um banho em Manaus e na Igreja. Encontro bom é onde se pensa, se ri, se dança, se troca partilhas, se descobre, se aprofunda, se penetra no horizonte e na utopia. Manaus foi simbólica; o encontro das águas foi simbólico; a presença desconcertante de algumas autoridades foi simbólica; ficou claro que o serviço é mais poético que o poder.
2. Fomos levados a viver, no XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, o louco mundo do dionisíaco, com suas seduções onde, mais do que a razão, a organização, a postura de militantes dos anos oitenta, foi substituída pelo mundo da arte, da dança, da questão de gênero, do encontro erótico do encontro das águas do Solimões e do Rio Negro, da mística, da poesia, mesmo que isso significasse igualmente uma linda caminhada dos mártires. Mesmo abafados pelos prédios da burguesia, os gritos, os cantos, as reivindicações da caminhada dos mártires foram aos ares, misturados de Pai-Nossos e Ave Marias. Dos prédios altos, quase ninguém quis ver o que acontecia lá em baixo, na rua.
3. A coisa mais inesperada do Encontro foi o reconhecimento do trabalho pedagógico e formador da Pastoral da Juventude. Depois de tantos anos de perseguições, desprezos, ironias, proibições, negações de verba e tanta coisa, além de ouvir de um dos bispos da Comissão Episcopal de Pastoral para a Juventude que “a Pastoral da Juventude é a maior escola de formação de lideranças de Igreja no Brasil”, foi bom. Maravilhoso, contudo, foi receber uma carta da Papa Francisco dizendo que a Igreja também ama vocês e por isso lhes peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude; em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria. Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e sobretudo são os que podem construir uma nova Civilização do amor. Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!
Numa das plenárias ouvi coisas que nunca ouvira ter sido dito em plenária. Muita coisa se relacionava com a homoafetividade, completando o cenário que se vivia desde as mais diversas periferias até aquele local da Ponta Negra onde se realizou a celebração da abertura com cores, movimentos, sons, mantras, estribilhos, preocupações, amores e raivas que pareciam brotar do fundo das águas das juventudes.
4. Só quem acompanhou de perto os milhares de conflitos da Pastoral da Juventude, dentro e fora da Igreja, pode imaginar o que significaram alguns pronunciamentos num Encontro Nacional. Claro que ao lado dos que vibraram e vão vibrar, há e haverá os que rangem os dentes, chegando a dizer que a carta foi forjada, que o Papa, de novo, falou demais… A alegria de algumas afirmações nos reportava para a história, quando apareciam documentos como o Marco Referencial da Pastoral da Juventude, o documento fundamental Evangelização da Juventude, Desafios e Perspectivas Pastorais ou, então, Civilização do Amor – Projeto e Missão. Encontrões, marchas, reivindicações, bandeiras de luta, místicas de fazer as estrelas pularem de alegria, tudo estava lá. O que importa é que foram palavras confortadoras e de alento para um rebanho jovem acostumado às chicotadas, mas que sabe do esforço que faz em muitas partes.
5. Como escrevi numa outra vez, o sabor e a resistência sempre foram os condimentos da sopa da vida. A sopa, contudo, por vezes, tem gosto de Belém, de Nazaré, de Cafarnaum, de Betânia, Samaria e dos diferentes gostos e sabores que têm os momentos que vivemos. Embora os sabores estejam em cada um dos “momentos” e de nossos “acampamentos” o sabor e a resistência mais suada, no entanto, situa-se em Jerusalém. O encontro de Manaus foi Belém, foi Cafarnaum, foi Betânia, foi Genezaré… O encontro de Manaus foi manauara. Foi reconhecimento. Se os olhos dos/as quase 800 jovens presentes brilharam, brilharam muito os olhos das dezenas de assessores/as que vinham de muitos lugares e deixaram um recado forte e juvenil ao clero de todo o Brasil. Entre outras coisas, eles dizem: Machuca o coração quando ouvimos de jovens engajados na vida das comunidades, partilhas que dão conta de revelar as barreiras criadas por presbíteros de nossa Igreja à caminhada e processo de formação na fé de nossas/os jovens. Sabendo de nossas limitações e fragilidades no acompanhamento às/aos jovens, com humildade pedimos perdão por nós e por nossos irmãos presbíteros por tantos espaços fechados dentro da Igreja.
6. Em meio ao desencanto e ao conservadorismo de muitos tipos, o Encontro de Manaus conseguiu encantar. Bastava ver como os/as adolescentes que ajudavam na infraestrutura pulavam de alegria. Não se negam os conflitos e as dificuldades, mas o que se via eram sorrisos, belezas, gente descobrindo que o grupo é o lugar da felicidade do jovem. Apesar das dores, dos extermínios (em Manaus foram mortos, naqueles dias ao menos dois jovens), apesar da tendência autoritária, grosseira, violenta, individualista, de desprezo pelos pobres e até pelo Brasil, Manaus conseguiu ver, nesta semana, uma juventude bonita que sabe que é mais bonita quando tem causas para se lutar por uma civilização do amor.
7. Disseram-me que o pouco que falei em Manaus teve toada simeônica, isto é, de Simeão, o velho do Evangelho que, quando viu Jesus, disse que podia partir em paz (Lucas 2, 29). Sei que sou indigno da comparação, mas aceito por vir da boca de quem veio. Se os pés estão pesados, é muito bom saber que em Manaus os sonhos são leves, bonitos, misturados de águas, índios, horizontes, matas, rezas, esperanças e utopias.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ser profetas da esperança é compromisso da juventude do ENPJ.

Em carta divulgada na missa de encerramento do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, delegados se comprometem a assumir o apelo do Papa Francisco e serem profetas da esperança. Ela foi produzida ao longo do encontro por uma comissão de jovens e apresentada no final da celebração, no último domingo, 25. Nela, além do compromisso, eles partilham as experiências vividas durante a semana.
11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude Manaus/AM, 18 a 25 de janeiro de 2015 “No encontro das águas partilhamos a vida, o pão e a utopia” “Mestre, onde moras? Vinde e vede!” (cf. Jo 1,38-39) Manaus, 25 de janeiro de 2015. No encontro das águas, partilhamos a vida o pão e a utopia. Queridas companheiras e queridos companheiros na caminhada da Pastoral da Juventude, Nós, jovens e assessoras/es da Pastoral da Juventude, reunidas e reunidos em Manaus por ocasião do 11º Encontro Nacional da PJ, sabemos que somos Igreja jovem e agora ousamos perguntar: “Mestre, onde moras?” (Jo 1, 38). Aqui no encontro das águas, partilhando a vida, o pão e a utopia, realizamos a festa do reencontro de tantos e tantas jovens, assessores e assessoras de todos os cantos do país engajados na Pastoral da Juventude. Essa partilha entre as delegadas e os delegados do Encontro Nacional na realidade amazônica fez com que fosse possível experimentar a esperança de que um mundo melhor pode ser concretamente construído em cada grupo de base. Com esse olhar de esperança, saímos de nossos lares em direção às terras amazonenses. Nossos pés tocaram esse chão sagrado de povos com cultura, lendas e lutas próprias. No encontro com outras pessoas começamos a dançar e continuamos girando numa ciranda que fez de nós um só corpo. Com nossos pés no chão e de mãos dadas, nos encontramos no respeito às diferenças e, lado a lado, estamos nos transformando um grande rio-mar. A diversidade de histórias de vida, de anseios, de sonhos e de cores nos encheram os corações durante esses dias. Para que esse encontro acontecesse, primeiramente tocamos e nos deixamos tocar pelas nossas realidades e pelo chão que nosso povo pisa. Olhamos para a conjuntura atual em seus aspectos político, social, econômico, ecológico e religioso. Perguntamo-nos: como a Igreja, comunidade das seguidoras e dos seguidores de Jesus de Nazaré, o Cristo, tem se posicionado em relação a essas realidades? As provocações fizeram brotar em nós angustia e inquietação. Sentimos necessidade de reafirmar a opção por uma “Igreja pobre, para os pobres”. Aos poucos, em cada experiência concreta que fizemos, foi ficando claro que é através do pobre como sujeito de sua vida que continuamos construindo o Reino de Deus. Fizemos o exercício de treinar nosso olhar para olharmos o mundo do outro com o olhar do outro mesmo e assim compreendermos seus 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude Manaus/AM, 18 a 25 de janeiro de 2015 “No encontro das águas partilhamos a vida, o pão e a utopia” “Mestre, onde moras? Vinde e vede!” (cf. Jo 1,38-39) horizontes. Reconhecemos nosso povo simples, descomplicado, de enorme benevolência, de sorrisos insistentes mesmo quando tudo pode levar ao choro. Nosso apoio está na fé naquilo que virá, no amor estampado nos olhos e nos rostos caboclos, indígenas, camponeses, ribeirinhos, periféricos. São nessas realidades nas quais vivemos que nos é possível enxergar o Nazareno. Fomos chamadas e chamados a nos colocar em missão partilhando a vida de muitas comunidades. Pessoas vivendo em comunidades ribeirinhas, indígenas, rurais e nas periferias urbanas. Experimentamos o cuidado e a acolhida das paróquias e das famílias que, generosamente, abriram as portas de suas casas para receber os e as jovens do Brasil inteiro. Todos e todas nós tivemos que enfrentar a ansiedade e o medo do desconhecido, mas no encontro acabamos experimentando a alegria de sermos cuidados e cuidadas. Nesses lugares nos deparamos com rostos e histórias novas e entramos na vida e na rotina das paróquias e das famílias que se prepararam para nos receber. Agradecidos e agradecidas tocamos as “chagas do Senhor” (EG n. 270) enquanto estivemos no convívio com as pessoas e nos deixamos tocar pelo Cristo que fez morada entre nós: “Mestre, onde moras?” foi nossa pergunta. “Vinde e vede!” (Jo 1,39). Esse é o convite que recebemos do Mestre de Nazaré. Ao rezarmos a iluminação bíblica redescobrimos Jesus que nos convida a permanecer com Ele no meio do povo pobre. Em cada manhã de mística e oração experimentamos através da palavra, da arte, da poesia e da vida do povo amazonense o encontro com o Senhor que passa e nos foi apontado por tantos discípulos e tantas discípulas que nos antecederam na caminhada pastoral. Ouvimos do Papa Francisco que nos reconhece como portadores e portadoras da esperança que liberta para a alegria, por “testemunharmos com nossas vidas Cristo Libertador” (Carta de Francisco ao 11º ENPJ). Essa alegria vem de dentro, como vem essa energia da Pastoral da Juventude. Vivemos uma espiritualidade libertadora no chão da Amazônia, no Brasil e na América Latina. Precisamos deixar ecoar sempre em nós, e em cada jovem, a pergunta: “Mestre, onde moras?” e assumir o desafio, sempre novo, de acolher o convite a permanecer com Ele: “Vinde e vede”. Sob o olhar de Maria, nossa mãe índia, no encontro das águas também nos encontramos. Encontro de dois grandes rios tão diferentes em cores, temperatura, densidade e velocidade, mas que na corrente se fazem um só. Mergulhamos no aprendizado do cuidado com a Criação, do apelo ecológico e de maneira especial do cuidado com as águas. Muito mais que um espetáculo, o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude Manaus/AM, 18 a 25 de janeiro de 2015 “No encontro das águas partilhamos a vida, o pão e a utopia” “Mestre, onde moras? Vinde e vede!” (cf. Jo 1,38-39) encontro das águas nos convida a contemplar a criação e a sabedoria do Criador e repensar a realidade de nossas nascentes e rios tão machucados por processos degradantes. Esse momento de oração na natureza, de alegria e descontração tocou nossa pele e transbordou em emoção nos corações, nas lágrimas e nos sorrisos juvenis. Os e as jovens são o “sacramento da novidade” e, de maneira especial, reconhecemos esse sacramento nos jovens empobrecidos. Nós pertencemos a esse grupo juvenil que é portador de esperança e que incomoda a Igreja e a sociedade. Orientamos nossa energia e doamos nossa vida jovem, tanto por nós mesmos/as quanto junto a tantos outros e outras jovens nas dioceses do nosso Brasil. A Pastoral da Juventude necessita que façamos um esforço de sairmos de nosso conforto para, juntos e juntas, construirmos o caminho do “bem viver e conviver”. No acolhimento dos e das jovens e dos grupos de jovens a metodologia da qual nos apropriamos precisa enfrentar os desafios em cada realidade com entusiasmo, ousadia e esperança que são próprios das juventudes. Criativamente nossos grupos de base podem se engajar em diversos trabalhos sociais nas comunidades, como por exemplo, o que conhecemos na área da ecologia com o projeto de reciclagem. Muitos são os desafios e muitas são as possibilidades e brechas de testemunharmos o reinado de Deus acontecendo também nas sementes que são os nossos grupos de base. O Reino de Deus já está aí entre nós. “Nunca percam a esperança e a utopia, você são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e, sobretudo são os que podem construir a civilização do Amor.” (Carta de Francisco ao 11º ENPJ). Encontramos o Mestre! Essa foi a afirmação de tantos e tantas jovens em suas partilhas ou ao voltarem das experiências vividas no chão amazônico. Concluímos que é preciso um olhar diferente, transfigurado, para a realidade amazônica para vê-la como ela realmente é. Para esse novo olhar, nos despimos de nossos rótulos, caricaturas e preconceitos. Olhamos a Amazônia não só como lugar de exploração e turismo, mas também como lugar de vida e ensinamento de diversos povos. Afirmamos nosso apoio aos povos que vivem na Amazônia e manifestamos nossa indignação por toda situação de descaso político e social que percebemos. Sentimo-nos agradecidos pela presença de todas as pessoas que se esforçaram para que esse encontro se tornasse realidade. Lembramos de modo especial a Igreja da Arquidiocese de Manaus, as pessoas do Regional Norte 1, os e as jovens das equipes de serviço, os assessores e assessoras, a 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude Manaus/AM, 18 a 25 de janeiro de 2015 “No encontro das águas partilhamos a vida, o pão e a utopia” “Mestre, onde moras? Vinde e vede!” (cf. Jo 1,38-39) presença amiga de Dom Wilson que permaneceu conosco durante todo o encontro e tantos outros parceiros da caminhada. Desejamos que essa carta e as partilhas do nosso 11º Encontro Nacional inspirem cada jovem pjoteiro e pjoteira a continuar cultivando a esperança e o compromisso com sua realidade. Que os temas aprofundados e debatidos durante o Encontro Nacional suscitem o interesse de cada jovem que busca ser protagonista na ação evangelizadora. Que as conclusões e partilhas nos alimentem o sentido da vida e nos dê o sabor do pão partilhado. Que todos/as que nos lerem nas rodas de conversa presencial, nas redes sociais e no mundo virtual possam se sentir representados e representadas por todas essas experiências aqui relatadas. Que o Espírito de Deus faça arder nosso coração nesse encontro com o Mestre e assim, juntos e juntas, construiremos a “Civilização do Amor”. Chegou a hora de continuarmos remando e voltar para nossas casas com o compromisso de sermos profetas da esperança. Continuaremos juntas e juntos o grande puxirum da juventude. Que todos e todas recebam e transmitam nosso caloroso abraço desde o coração dessas águas que se encontram e fluem a toda a juventude do Brasil. 
Amém, Axé, Awere, Aleluia. 

Delegadas e Delegados do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude.



domingo, 25 de janeiro de 2015

Padres escrevem carta aberta no 11° ENPJ

“No coração de Deus está a juventude e no rosto da juventude está a face de Deus vivo e verdadeiro”. Esse é o início da carta aberta dos presbíteros presentes no 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude. Reunidos em Manaus desde o último domingo (18), eles participam com os jovens dos regionais da CNBB do encontro que tem por lema: “No encontro das águas, partilhamos a vida, o pão e a utopia”, e iluminação bíblica: “Mestre, onde moras? Vinde e vede!”. Os padres se reuniram durante o encontro e também partilharam das experiências com a juventude. A partir do que foi vivido, eles decidiram escrever uma carta para sinalizar o apoio à pastoral e registrar o compromisso com a vida da juventude.
CARTA ABERTA DOS PRESBÍTEROS PRESENTES NO 11º ENPJ 
Não insista comigo para que te deixe, pois Para onde fores, irei também, onde for tua morada, será também a minha; Teu povo será meu povo e teu Deus será meu Deus. (Rt 1,16) No coração de Deus está a juventude e no rosto da juventude está a face de Deus vivo e verdadeiro. O tempo atual tem sido para nós um tempo desafiador, complexo, plural e esperançoso. É preciso mergulhar nesta realidade de pluralidade religiosa, redescoberta da sexualidade, novos cenários políticos, econômicos, sociais e eclesiais. Por isso, desde estas terras manauaras, nós, padres presentes no 11º ENPJ, bendizemos a Deus pelo dom que a Pastoral da Juventude é em nossa Igreja, engajando, animando, organizando e encorajando profeticamente inúmeras/os jovens no seguimento fiel a Jesus, o Nazareno. Nos grupos de base desta pastoral foi onde nós e muitos outros companheiros nossos no ministério, pudemos fazer a experiência de Deus encarnado na vida dos povos e de onde despertou e foi alimentada nossa vocação ao presbitério. Lamentamos que em muitos espaços formativos dos novos presbíteros (Seminários, Institutos de Filosofia e Teologia) deixou-se de falar e aprofundar a metodologia, espiritualidade e pedagogia da “maior escola de formação de lideranças na Igreja do Brasil” que é a Pastoral da Juventude, como afirmou Dom Vilson Basso, bispo membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, na mesa de abertura deste encontro. Machuca o coração quando ouvimos de jovens engajados na vida das comunidades, partilhas que dão conta de revelar as barreiras criadas por presbíteros de nossa Igreja à caminhada e processo de formação na fé de nossas/os jovens. Sabendo de nossas limitações e fragilidades no acompanhamento às/aos jovens, com humildade pedimos perdão por nós e por nossos irmãos presbíteros por tantos espaços fechados dentro da Igreja. Tal como Rute, reafirmamos nossa fidelidade com a defesa da vida plena e com o acompanhamento à Pastoral da Juventude. Como afirmou Dom Sérgio Castriani, Arcebispo de Manaus/AM, cremos que a “metodologia da Pastoral da Juventude é uma resposta válida ao desafio da evangelização da Juventude”. Por isso, nos comprometemos com suas opções pedagógicas: a formação integral com suas várias dimensões e processos de educação na fé, o grupo de jovens, o ambiente e as realidades específicas dos jovens, a memória do caminho, a organização e o acompanhamento (CELAM – Civilização do Amor: Projeto e missão. [CAPyM 471]). Queremos fazer de nossa vocação presbiteral, um serviço que promove o protagonismo juvenil (CAPyM 654), conservando viva a opção preferencial pelas/os jovens empobrecidas/os (CAPyM 470). Crendo que o Divino se manifesta na juventude (cf. CAPyM 2), assumimos a espiritualidade juvenil e queremos contribuir para que as/os jovens cultivem as características dessa espiritualidade (cf. CAPyM 790). Com todas/os as/os jovens somos convocados à viver o profético convite do Papa Francisco em carta enviada a este encontro, que nos convoca: “Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre tudo são os que podem construir uma nova Civilização do amor. Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!” Junto com a Pastoral da Juventude pedimos com insistência “que a Civilização do Amor logo seja realidade entre nós”. Que nosso carinhoso abraço, de padres apaixonados pela Pastoral da Juventude chegue a todos vós, e o Deus que se manifesta na juventude nos ajude a viver esse compromisso. Maria, Mãe de Jesus, Imaculada Conceição, padroeira de Manaus e do Amazonas, nos acompanhe nesse horizonte. 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, Manaus/AM, 24 de Janeiro de 2015.

Ou também neste link mais fotos e conteúdos: https://www.facebook.com/XIENPJManaus?fref=ts

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

ENPJ recebe carta do Papa Francisco

 
Os jovens reunidos no Encontro Nacional da Pastoral da Juventude foram surpreendidos na tarde desta quarta-feira com a carta do Papa Francisco.
Na carta, Francisco faz um apelo aos jovens a se manterem firmes na caminhada. “Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor”, diz a carta.
Mestre onde moras?
Vinde e vede! (Cf. Jo 1,38-39)
Estimada Aline e meu querido Alberto, que a graça do Jovem de Nazaré permaneça sempre com vocês, e nessa saudação quero abraçar a todos os jovens e adultos que estão participando do XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude nas benditas terras amazônicas.
É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro. Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro. Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42.
Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo?
E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade. Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano. Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade.
Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago. Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria. Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor.
Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!.Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado.
Com minha benção apostólica.
+ Francisco
Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 2015.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

PJ é a maior escola de formação de lideranças da Igreja

A afirmação é de Dom Vilson Basso, da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, recordando a caminhada da PJ ao longo dos anos. 

Lideranças da Pastoral da Juventude/PJ, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB e convidados participaram da mesa oficial de abertura do 11º Encontro Nacional da PJ/ENPJ na manhã dessa segunda-feira (19). O evento, que acontece até domingo, em Manaus, reúne mais de 500 jovens de todo o país.
Estiveram presentes no ato de abertura, Dom Vilson Basso, bispo de Caxias e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude/CEPJ da CNBB, Dom Mário Antonio, bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, Ir. Elsie Vignotti, da Conferência dos Religiosos do Brasil, Aline Ogliari, secretária nacional da PJ, Lidiane Cristo, coordenadora nacional da PJ pelo regional Norte 1 da CNBB, Fernanda Sousa, coordenadora arquidiocese da PJ e Loide Almada, da comissão nacional de assessores da PJ.
A importância da PJ
Dom Vilson Basso acolheu os presentes e trouxe à memória os ENPJs anteriores. Segundo ele, os encontros nacionais são espaços de formação, celebração e mística, e repercutem de forma muito positiva nos regionais e dioceses. “A PJ é a maior escola de formação de lideranças da Igreja do Brasil”, enfatizou o bispo. Ainda, de acordo com o Dom Vilson, ele só aceitou o convite para participar da Comissão da CNBB por ser pjoteiro. “A Igreja do Brasil acredita na PJ, na Pastoral da Juventude”, afirmou Basso.
Em seguida, Dom Mário Antônio, bispo auxiliar de Manaus recordou a iluminação bíblica do ENPJ, “Mestre, onde moras? Vinde e Vede!”. Para ele, os jovens, enquanto Igreja, têm que promover uma verdadeira cultura do encontro. E parafraseando o bispo de Roma, o papa Francisco, disse que a PJ deve ser uma pastoral em saída, em busca do outro.
O vice-presidente do Conselho Nacional de Juventude/CONJUVE, Daniel Souza, que atua na Rede Ecumênica de Juventude/REJU lembrou da importância que a Pastoral da Juventude tem no debate e construção de políticas públicas de juventude no país. “A PJ é a maior escola de formação e debate de política pública de juventude no Brasil”, afirmou Daniel.
Manaus, casa do Mestre
Lidiane Cristo recordou o processo de construção do 11º ENPJ e trouxe um apelo para que a espiritualidade amazonense, cabocla seja fonte para a PJ de todo o Brasil. “Sem dúvida a inculturação, o beber da fonte de nosso povo, é algo essencial e caro à PJ”, disse Lidiane. Logo depois a Fernanda Souza, da equipe da Arquidiocese de Manaus, falou da colaboração e empenho de toda a Igreja local para que acontecesse o ENPJ, desde os bispos, as comunidades, famílias e os pjoteiros das lindas terras manauaras.
Representando a Comissão Nacional de Assessores, Loide de Souza e Silva disse que um dos objetivos do ENPJ é que se possa elaborar no serviço pastoral posturas proféticas diante de tantos sinais de morte. “O pão só faz sentido quando é partilhado”, afirmou Loide ao lembrar o tema do encontro.
 O 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude segue até do dia 25 de janeiro. Nesta terça feira jovens e assessores realizam missão em diversas comunidades de Manaus, divididos entre as realidades urbana, rural, ribeirinha e indígena. São 40 pontos de missão para os mais de 500 delegados.

PJ inicia encontro nacional

Mais de quatro mil pessoas participam da celebração de abertura.


A praia da Ponta Negra foi o cenário da celebração que deu início ao 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, no último domingo (18) e reuniu mais de 4 mil pessoas. O evento é realizado em Manaus/AM com jovens do Brasil todo, numa mistura de cores, cheiros e sotaques.
Presidida por Dom Sérgio Castrianni, arcebispo da arquidiocese de Manaus, e co-celebrada por Dom Eduardo Pinheiro, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, e mais dois bispos da região norte, a celebração contou, ainda, com 38 padres, entre eles, Pe. Sebastião Correa e Joel Nalepa, membros da Comissão Nacional de Assessores da PJ.
Com as bênçãos da Imaculada Conceição teve início a celebração, que seguiu numa apresentação que trouxe toda a cultura amazônica numa explosão de arte, música e dança. “Me emocionei muito com o que vi. A valorização da cultura nos fez perceber a riqueza e espiritualidade presente nessa terra”, afirmou uma jovem vinda do Maranhão, regional Nordeste 5.
Gestos, símbolos e bandeiras de todos os estados da federação trouxeram a riqueza da diversidade brasileira que se une em Manaus durante essa semana. Na homilia, Dom Eduardo Pinheiro ressaltou a missão e vocação da juventude na defesa e anúncio da vida. “O apelo de Jesus aos discípulos de seguimento é o mesmo que se faz à PJ hoje”, lembrou Dom Eduardo. “
Ao final da missa, a secretária nacional da PJ, Aline Ogliari, abriu oficialmente o 11º Encontro. Ela começou destacando a ousadia da juventude e convocando a juventude a seguir na teimosia do Reino, partilhando a vida, o pão e a utopia. “Declaramos aberto o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude”, concluiu Aline.

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Jovens fazem credenciamento no ENPJ

Oração do 11° ENPJ
Deus, Criador e doador da vida e da liberdade, nós vos bendizemos pelos jovens e pelas jovens do nosso imenso Brasil, que se encontram para partilhar a vida, o pão e a utopia.
Discípulos e discípulas de teu filho, Jesus Libertador, somos muitos e muitas, e estamos em toda parte nesta terra dos Brasis, remando contra as correntezas de morte, procurando Tua face no rosto do irmão e da irmã. Procuramos-te em todas as partes e ao Te encontrar perguntamos: “Mestre, onde moras?” E Tu, num sorriso sereno e cativo, responde-nos: “Vinde e vede!”.
Guiados e guiadas pelo teu Espírito Santo, Mãe de Sabedoria, queremos celebrar as alegrias e as esperanças das juventudes do Brasil e trabalhar na construção da Civilização do Amor. Assim, pedimos a força necessária para lutar e defender a vida do teu povo, principalmente da juventude marginalizada, vítimas de uma cultura de violência e extermínio. Rogamos ainda pela Igreja do Brasil, para que reavivada pelo ardor missionário e pela alegria do anúncio do Evangelho, ponha-se, cada vez mais, em atitude de saída, sendo acolhedora, atenta e aberta para amar e servir teus filhos e tuas filhas jovens.
Com a força e intercessão de Maria Índia, Senhora da Conceição, padroeira do Amazonas, também pedimos, que o 11° Encontro Nacional da Pastoral da Juventude seja sal, fermento e luz na caminhada da juventude brasileira.
Amém, Axé, Awerê, Aleluia.


Noticia do dia

A manhã deste domingo movimentou o colégio La Salle, sede do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude/11ENPJ. Delegados dos diversos regionais da CNBB realizaram o credenciamento para participarem do evento.  Cores, perfumes e sotaques se misturavam na ciranda do encontro.
A jovem Letícia Alencar, que veio de Palmas/TO, do regional Norte 3, disse que vem de coração aberto e que espera que o encontro seja de muita reza, muita festa e partilha da caminhada. “Desejo que o encontro seja um espaço para que a juventude se anime ainda mais e ganhe força e esperança para continuar seguindo em nossos regionais”, afirmou Letícia.
A equipe de secretaria do encontro montou uma estrutura para agilizar o trabalho, que teve início as nove horas da manhã. Jovens e assessores, delegados dos regionais, receberam um kit do encontro contendo bolsa, crachá, guia do delegado, tickets de alimentação, garrafa de água, camiseta e bloco de anotações.
O 11ENPJ começa as cinco da tarde com uma missa campal no anfiteatro da Ponta Negra, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Sérgio Castrianni. O encontro segue até o próximo domingo, dia 25. Mais de 500 jovens de todo o país participam da atividade.

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Pagina no face do Encontro: https://www.facebook.com/XIENPJManaus?fref=ts

domingo, 18 de janeiro de 2015

Caminhando para o encontro das águas


Jovens se mobilizam para deixar tudo organizado para o Encontro


Quase tudo pronto para o início do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude. Equipes de trabalho, voluntários, coordenação nacional, comissão nacional de assessores, coordenação arquidiocesana e regional e assessores da Pastoral da Juventude estão mobilizados para finalizar os preparativos do evento, que vai reunir mais de 500 jovens de todo o país, em Manaus/AM, de 18 a 25 de janeiro no colégio La Salle.
Ensaios, ornamentação, arrumação de salas, reuniões e preparação de kits. Por todos os lados que se olha, dentro colégio que recebe o encontro, mãos e braços se movimentam para deixar tudo organizado para o início do encontro. São olhares atentos e cheios de expectativas para fazer do ENPJ inesquecível. “A expectativa é a grande. Queremos um encontro bonito e cheio de vida. Temos que trabalhar bastente para isso”, afirmou Ailson Soares, jovem da paróquia Cristo Rei, de Manaus.
Jovens e assessores da instância nacional da PJ começaram a chegar no início da semana e somaram forças com as equipes locais que, desde o ano passado, se reuniam em terras manauaras para viabilizar a realização do ENPJ. Silvana Alves, coordenadora nacional da PJ pelo regional Centro-Oeste, chegou em Manaus no dia 08 de janeiro para colocar a mão na massa. “Chegar antes me propiciou entrar em maior sintonia com a equipe local, trocar experiências e conhecer o chão que será a casa da PJ nessa semana”, afirmou Silvana.
Ao longo dessa semana muitas reuniões foram realizadas para os últimos ajustes de programação e metodologia. Teve também tempo de encontro e partilha entre a equipe nacional e local. Na noite de quinta-feira, jovens e assessores, se uniram para realizar uma leitura orante e rezar o ENPJ. Segundo Joyce Caroline Rodrigues Nunes, da área missionária Cidade de Deus, membro da equipe de missão, que participou da tarde de atividades e oração da noite, o momento foi oportuno para que as equipes criassem sintonia para o encontro. “Foi um momento bonito para fechar o dia de trabalho, além de conhecer pessoas novas, pudemos rezar a vida e o encontro”, concluiu Joyce.                                  
O Encontro Nacional da Pastoral da Juventude começa neste domingo, dia 18, e vai até o dia 25 de janeiro. Com o lema “No encontro das aguas partilhamos a vida, o pão e a utopia” e iluminação bíblica “Mestre, onde moras? Vinde e vede!”, os quase 600 delegados têm por objetivo celebrar a caminhada da Pastoral da Juventude, re-visitando o Mestre, a partir do olhar dos jovens e da Igreja Amazônica.
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Pagina no Facebook sobre o evento: https://www.facebook.com/XIENPJManaus?fref=ts

sábado, 17 de janeiro de 2015

11° ENPJ No Encontro das Águas, Partilhamos a Vida, o Pão e a Utopia

No Encontro das Águas, Partilhamos a Vida, o Pão e a Utopia

Acontece em Manaus de 18 a 25 de janeiro o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude. Um ano de preparação em que a PJ Nacional, PJ Regional Norte I a da PJ Arquidiocese de Manaus, vivenciaram o lema: No Encontro das Águas, Partilhamos a Vida, o Pão e a Utopia e, se deixaram iluminar pela passagem bíblica Jo 1, 38-39: “Mestre, onde moras? Vinde e Vede.” Um tempo de “ajudar a colocar em nível nacional as formas como se faz Pastoral da Juventude na Amazônia dentro de todos os desafios locais na evangelização da juventude”, ressaltou Lidiane Cristo, representante do Regional Norte I na Coordenação Nacional da PJ.
É na alegria de proporcionar um espaço para encontrar o Mestre Jesus na realidade Amazônica que acolheremos mais de 600 jovens e assessores da Pastoral da Juventude de todos os 18 regionais da Igreja do Brasil. Temos aproximadamente 600 voluntários jovens, assessores e amigos da PJ da Arquidiocese de Manaus e do Regional Norte I que estão servindo nas equipes locais de: acolhida, ambientação, alimentação, bem-estar/saúde, comunicação, cultura, finanças, hospedagem, infraestrutura, lojinha, limpeza, liturgia/mística, missão, passeio, secretaria e transporte.
Ressaltamos que Dom Sérgio Castriani, Arcebispo de Manaus, está sempre presente em todo o processo que vivenciamos e sempre reafirma à coordenação local: “precisamos priorizar três equipes; acolhida, hospedagem e alimentação; as demais tarefas, a PJ consegue dar conta com toda sua experiência.” São 270 famílias em 34 paróquias e áreas missionárias que abrirão suas casas para hospedar os participantes do 11º ENPJ. Na Paróquia Menino Jesus de Praga serão hospedado 54 delegados. A jovem Luanna Kháris partilha: “neste encontro queremos que os jovens possam se sentir bem acolhidos e amados por Deus e pela Igreja de Manaus e assim possam gerar frutos de vida no amor e na alegria”.
A abertura do Encontro será com uma missa campal, no Anfiteatro da Ponta Negra, às 17h30 do dia 18 de janeiro. Devemos contar com todos os grupos de jovens, bem como com a participação das comunidades das paróquias e áreas missionárias. Segundo a secretária nacional da PJ, Aline Ogliari, “A expectativa é que esse encontro seja um profundo marco em nossa história pastoral, que ele traga novos ares, fortaleça nossa identidade, e que sejamos capazes de cada vez mais ler e acolher os sinais dos tempos, traduzindo em experiências cada vez mais proféticas do anúncio e testemunho do Reino”.
Além da celebração de abertura acontecerão dois outros momentos abertos para Igreja de: a Romaria dos Mártires e a celebração de envio. A Romaria dos Mártires será na Ponta Negra. A concentração às 18h será em frente ao conjunto Jardim das Américas e seguirá para o Anfiteatro da Ponta Negra às 19h do dia 24 de janeiro, finalizando com um show. A celebração de encerramento será na Catedral Metropolitana de Manaus às 10h do dia 25 de janeiro. O jovem Matheus Castro, do setor 2 e referência local da liturgia no encontro, ressalta que “a liturgia e a mística perpassam todo o Encontro desde sua preparação até a execução. Queremos então ajudar os e as jovens a rezar e assim encontrar o Mestre que habita também na Igreja da Amazônia em unidade com toda Igreja do Brasil ”.
Mesas de debates e muita cultura marcam a programação do ENPJ
Destacamos alguns momentos durante a programação: mesa de debate, seminários, noites culturais, partilha com as famílias. Porém, queremos destacar o passeio ao encontro das águas e a missão jovem. A missão acontecerá em 48 locais, nas estradas, comunidades indígenas, ribeirinhas e na área urbana do centro e periferia.
No fim do encontro, logo após a celebração de envio, como gesto concreto faremos um ato político. Segundo Matheus Fernandes da coordenação nacional da PJ pelo Rio Grande do Sul, “O Ato pela Reforma Política é muito importante. A política deve ser serviço e então é momento de renovação para que não sirva a interesses particulares e sim a toda sociedade. Assim podemos nos manifestar enquanto jovens cristãos conscientes, por uma reforma política que garanta, de fato, as políticas públicas e um sistema político mais limpo”.
Que Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Manaus e do Amazonas, possa iluminar e interceder por nós em todo o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude.